RELAÇÕES EMOCIONAIS RELACIONADAS AO DIAGNÓSTICO DE DM2

RELAÇÕES EMOCIONAIS RELACIONADAS AO DIAGNÓSTICO DE DM2

Por Graça Camara, Psicóloga do Programa Abraçar a Vida

O diagnóstico do diabetes mellitus tipo 2 (DM2), por ser uma doença crônica e trazer para a maioria das pessoas informações relacionadas com complicações de saúde, mudanças em seu estilo de vida e, medicações prescritas, é essencial a orientação e estímulo por parte da equipe multiprofissional, para auxiliar nas mudanças necessárias na rotina. Dependendo da faixa etária, cultura familiar e história de perdas e complicações, as pessoas com DM2 podem apresentar reações emocionais, como choque, negação, medo, raiva, tristeza e dificuldades de enfrentamento da doença. (1-5)

A individualização faz parte da “escuta ativa” feita pelo profissional que faz o diagnóstico e, em especial pelo psicólogo(a) da equipe multiprofissional. Essa escuta precisa ser muito atenta, para desconstrução dos medos, dúvidas, angústias, culpas e outros sentimentos que podem impedir a adesão da pessoa às mudanças. O olhar do profissional individualizado e a empatia no atendimento, são essenciais para o acompanhamento e adesão ao bom tratamento. (1-5) A identificação por parte do(s) profissional(is) que acompanham um paciente, em um dos estágios – de ação de prontidão para mudanças, (Prochasca e Diclemente): pré contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção, precisam ser identificadas e respeitadas no tempo de cada pessoa e sua história.

Intercorrências também podem desencadear um mal controle do DM2. Comportamentos de autocuidado e autocontrole, aliados ao autoconhecimento, que vai sendo desenvolvido, vão garantir um melhor enfrentamento, passando por situações de adoecimento, porém encontrando novos caminhos para manter o DM2 controlado. (1-5)

REFERÊNCIAS:

1) American Diabetes Association. 5. Lifestyle Management: Standards of Medical Care in Diabetes-2019. Diabetes Care. 2019;42(Suppl 1):S46–60.

2) Malerbi, FEK. Atuação dos psicólogos brasileiros com portadores de diabetes e seus familiares. In: Esetec, editor. Comportamento e Cognição Desafios, Soluções e Questionamentos. Santo André; 2009. p. 308–12.

3) 14. Smith KJ, Béland M, Clyde M, Gariépy G, Pagé V, Badawi G, et al. Association of diabetes with anxiety: a systematic review and meta-analysis. J Psychosom Res. 2013 Feb;74(2):89-99

4) for people with diabetes: A position statement of the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2016 Dec;39(12):2126-40.

5) de Groot M, Golden SH, Wagner J. Psychological conditions in adults with diabetes. Am Psychol. 2016 Oct;71(7):552-62.